sexta-feira, 16 de maio de 2014

Especial Titãs #8 - Quinta Underground #23: Titãs (2ª Parte)

Prometi que não faria mais isso de postar um Quinta Underground na sexta, mas sempre tem que ter um bug, puta que pariu também. Troço chato.

Bom, continuando... essa é a última postagem do especial dos Titãs, que fez bastante sucesso até, especialmente a primeira postagem e a resenha do Nheengatu, que já são as duas mais vistas de Maio. E, na real, era pra resenha ser a última postagem do especial, mas não consegui fazer todo o Quinta Underground semana passada. Mas chega de enrolação e vamos terminar logo o especial.

O Fácil É o Certo, Filantrópico, Cabeça, Eu Vezes Eu, Flat-Cemitério-Apartamento, Não é Por Não Falar e Se Você Está Aqui (1991 - Tudo Ao Mesmo Tempo Agora)

Saia de Mim foi o único sucesso. Já Obrigado e Clitóris, as únicas que foram tocadas posteriormente. Eu Não Sei Fazer Música, foi recuperada muitos anos depois e voltou pros setlists. Agora, cantada por Miklos, ganhou até mesmo um cover de Maria Bethânia. Somamos a elas a fraca Uma Coisa de Cada Vez e a terrível Isso Para Mim É Perfume, temos as músicas que não fazem parte das "injustiçadas".
Fora a mixagem irregular e a simplicidade exagerada de algumas músicas (a contribuição das dorgas pro disco), Tudo Ao Mesmo Tempo Agora tem músicas boas, mas foi ofuscado pela crítica, que só olhou pras letras mais "podres" do disco.



O Fácil É o Certo - Como disse na postagem sobre a carreira deles, Sérgio, que nesse disco fez as melhores letras, retirou esse provérbio dos ensinamentos de Chung Tsu, pensador chinês do Século III a.C. Aposto que se fosse o Renato Russo fazendo essa citação, pagariam o maior pau, mas a música é dos Titãs.

Filantrópico - Uma boa oportunidade de conferir o vocal do Branco antes que a falta de fôlego pegasse ele. A letra é sobre as obrigações éticas e morais do ser humano de ser generoso e altruísta com os outros, em detrimento de sua própria paz de espírito. Como diz ele na música, "acumulando raiva e rancor".

Cabeça - Um bom instrumental, com um show à parte de Charles na batera, e na letra resta a dúvida... de qual cabeça Miklos está falando? Depois de analisar melhor a letra, concluí que pode não ser a de baixo, como se pensa.

Eu Vezes Eu - Um instrumental pesado, mas mais limpo que os outros do disco. Mais uma letra de Sérgio, um pouco mais reflexiva e filosófica.

Flat-Cemitério-Apartamento - Mais uma das tantas brincadeiras de Branco com as contradições.

Não É Por Não Falar - Apesar do teclado bem estranho, é uma boa música. A letra aqui soa mais como um jogo de palavras do que qualquer outra coisa.

Se Você Está Aqui - Sinceramente, Nando não fez uma letra que prestasse nesse disco. Mas o instrumental dela é um dos melhores do disco. Acho que só perde pra Saia de Mim.

Disneylândia, Estados Alterados da Mente, Agonizando, Fazer O Quê?, Tempo Pra Gastar, Dissertação do Papa Sobre O Crime Seguida de Orgia.

Titanomaquia tem muitas músicas boas e pesadas. Difícil escolher as que se destacam, porque o disco tem uma unidade muito grande. Só o que sei é que as que foram tocadas recentemente não entram, porque não são injustiçadas.

Disneylândia - Titãs falando de globalização antes de aparecer em qualquer sitezinho por aí. Caiu no ENEM do ano passado, e é uma das preferidas dos professores de Sociologia para debater o tema da globalização.

Estados Alterados da Mente - Coisas do Branco. Mas o instrumental é muito foda.

Agonizando - A música mais metal dos Titãs. Nunca mais eles vão fazer algo tão pesado quanto isso. Beira o grindcore.

Fazer O Quê? - Depois de uma introdução que parece mais uma sonoplastia, daquelas cenas dramáticas de filme, tipo a Marcha Imperial, mais peso.

Tempo Pra Gastar - Apesar de pesada, ela soa até um pouco funkeada, mais leve que as outras do disco.

Dissertação do Papa Sobre O Crime Seguida de Orgia -  Ao melhor estilo Disneylândia, Violência, entre outras, Branco narra aqui várias situações de crime, assassinato, violência, etc.

Tudo em Dia, Eu Não Vou Dizer Nada (Além do Que Estou Dizendo), O Caroço da Cabeça, Qualquer Negócio

É muito difícil encontrar músicas realmente injustiçadas no Domingo. Fora os sucessos, o disco é composto em sua maioria por músicas medianas. Bem medianas, por sinal. Esse disco me soa como um Chinese Democracy dos Titãs. Faltou criatividade, sobrou produção e o resultado não foi nem perto do que foi o Titanomaquia. Ainda assim, temos umas joias no meio.

Tudo Em Dia - Contribuição de Arnaldo. Não poderia deixar de ser uma música foda.

Eu Não Vou Dizer Nada (Além do Que Estou Dizendo) - A leveza que faltou nos discos anteriores. Mesmo o disco todo sendo uma porrada, falta uma musiquinha no meio, que seja um pouco mais funkeada, pra dar um tempo na loucura. Tipo Canalha, no Nheengatu.

O Caroço Da Cabeça - Cantada por Nando, tem o toque Paralamas do Sucesso que veio junto com a participação de Herbert Vianna na música.

Qualquer Negócio - Formada por conhecidas frases do comércio e da vida em geral, como "o que os olhos não veem, o coração não sente". É uma reflexão interessante. Ahh, Branco, como sempre, entra no meio e narra umas bostas. Branco também cita algumas frases da música no início do clipe de Isso.

Bônus - Vamos Ao Trabalho e Cuidado Com Você

Sinceramente, os discos que vieram depois são tão fracos que vale a pena somente separar as músicas que prestam e colocar como um bônus. E esses são os únicos dois lampejos de "Titãs das antigas" que vi no A Melhor Banda de Todos Os Tempos da Última Semana. Aliás, Vamos Ao Trabalho é um baita bote, porque o disco começa com ela, e quando parece que a coisa vai pegar preço, vem a faixa título, que é boa, mas muuuuito popzinha. E aí só vai ladeira abaixo. E pra fechar o disco, Cuidado Com Você ainda dá uma levantada na coisa, talvez até dando uma esperança pro próximo disco. E aí vem o Como Estão Vocês?, pra enterrar de vez as esperanças. Ainda bem que com o Nheengatu, a banda vai recuperar seu respeito perdido na estrada.

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