quinta-feira, 24 de novembro de 2011

20 anos sem Freddie Mercury

Há exatos 20 anos, se apagava a estrela de um dos maiores, senão o maior, nome do Rock e da música em geral. Freddie Mercury, que há alguns anos travava uma ferrenha batalha contra a tão temida AIDS, acabou por se render e sucumbir à tal em 24 de Novembro de 1991, um dia depois de anunciar para o mundo sua doença.
Não foi uma batalha em vão. Os 4 anos que viveu sabendo que era soropositivo foram talvez os mais produtivos dele e do Queen. Obras incríveis como The Miracle, Innuendo, seu disco solo, Barcelona, vieram à público nesses anos.
Glam, rocker, macho man. Todas essas fases do visual de Freddie simbolizavam perfeitamente sua personalidade: extravagante, pulsante, cheia de vida. Sempre pensando em, como se diz em inglês "have a good time". Freddie, apesar disso, se queixava de sua vida amorosa: era um homem que não conseguia encontrar seu verdadeiro amor. Isso é realmente bem expresso, no começo Freddie teve relacionamentos com mulheres (como Mary Austin, com quem viveu durante 6 anos, e foi quem soube primeiro da opção sexual de Freddie) e homens.
E, como essa promiscuidade era uma roleta russa na época, e ainda é, mas em menor escala, infelizmente Freddie foi sorteado nessa roleta, levou o "tiro", e com ele, uma doença que, na época, se equivalia à assinatura de uma sentença de morte.
Apesar disso, como Brian May já relatou certa vez, "Freddie sempre enfrentou sua doença de cabeça erguida. Ele era realmente forte, nunca o vi reclamar da vida". E realmente, Freddie foi guerreiro. Já em 1989, estava bem doente, apesar disso, gravou incrivelmente os vocais para as músicas do Miracle. Foi a premiações, fez videoclipes.
Já em 1991, no último ano de sua vida, Freddie demonstrou ainda mais dedicação. Brian disse que, "quanto mais doente, mais Freddie queria trabalhar". Provavelmente, isso era uma terapia.
Para as gravações do Innuendo, percebe-se uma voz mais doente, mais aguda (isso também é notável nos últimos trabalhos de Cazuza e Renato Russo). Freddie dava o máximo de si. Brian conta que, na gravação de The Show Must Go On, a última para o Innuendo, ele estava com dúvidas quanto a capacidade de Mercury para cantar. Ele fazia a voz guia, e acreditava que a música exigia muito para alguém que cansava facilmente se ficasse algum tempo em pé.


Pois não é que entra Freddie no estúdio, depois de consumir algumas doses de vodka e fala "I'll fucking do it, darling", algo como "Vou sim fazer essa merda, querido". E foi lá e gravou a música em apenas um take.
E essa mensagem, tanto da música quanto da bravura demonstrada nos últimos anos de sua vida, deve ser tomada como exemplo. Freddie pode ter morrido, mas seu legado e sua música viverá para sempre, pois sua obra e talento são eternos. Vida longa ao Queen. Vida longa à Freddie Mercury.





THE SHOW MUST GO ON!

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